Resumo É necessário esclarecer se a maturação biológica e o desempenho no atletismo podem modular a PSE da sessão. O objetivo do presente estudo foi verificar se a maturidade biológica e o desempenho específico no atletismo podem estar associados à carga de treinamento (método de PSE da sessão). Setenta e cinco jovens atletas (13-15 anos) de ambos os sexos participaram do presente estudo. O protocolo experimental durou sete dias consecutivos. Testes de desempenho (75 m de corrida, salto em distância, 250 m de corrida, arremesso de peso e 1000 m de corrida) foram feitos no primeiro dia. Após 48 horas, cinco dias de treinamento de atletismo foram prescritos, cada dia representa um treinamento de cada teste de desempenho. Todas as sessões de treinamento tiveram a mesma duração (120 min). O valor da carga de treinamento foi obtido multiplicando o valor do PSE com a duração da sessão de treinamento (em minutos). Para as meninas, a carga de treinamento de 250 m foi correlacionada com a maturidade biológica (r = -0,36, p = 0,02, n = 37) e desempenho específico (r = 0,33, p = 0,04, n = 37). Todas as outras análises indicam que a maturidade biológica e o desempenho específico no atletismo não influenciam a carga de treinamento com base no método da PSE da sessão. A carga de treinamento com base na PSE da sessão não é influenciada pela maturidade biológica e desempenho específico no atletismo, portanto, pode ser usada para controlar a carga de treinamento de jovens atletas de atletismo. Para as meninas é necessário cuidado para controlar a intensidade das sessões de treino de 250m de corrida.

Abstract It is necessary to clarify if BM and track and field performance can modulate the perception about RPE-session. The purpose of the present study was to verify if biological maturity and track and field-specific performance can be associated with training load (RPE-session method). Seventy-five young athletes (13-15 years old) of both genders participated in the present study. The experimental protocol lasted seven consecutive days. Performance tests (75-m running, long jump, 250-m running, shot put and 1000-m running) were made on the first day. After 48 hours, five days of track and field training it was prescribed, each day represents a training of each performance test. All training sessions had the same duration (120 min). The value of the training load was obtained multiplying the RPE value with training session duration (in minutes). For girls, the training load of 250-m training was correlated with biological maturity (r = -0.36, p = 0.02, n = 37) and specific performance (r = 0.33, p = 0.04, n = 37). All other analyzes indicate that biological maturity and track and field-specific performance do not influence the training load based on RPE-session method. Training load based on RPE-session is not influenced by biological maturity and track and field-specific performance, therefore can be used to control the training load of young track and field athletes. To girls it is necessary a care to control the training sessions intensity of 250-m running.

Abstract AIMS The purpose of present study was verify if the RPE-training session differs between females and males during the track and field training and if biological maturity (BM) has interference on this response. METHODS Seventy-five athletes (13-15 years old) have participated of study, with 38 male 37 female. Five training sessions of track and field were prescribe and monitoring by RPE-training session (intensity) and Total Quality Recovery (TQR) (recovery). RESULTS There was no statistical difference between males and females on 75-meters run, long jump and shot put. Otherwise, for training of 250 and 1000-meters females related higher RPE-values than males 3.68 ± 0.79, 3.26 ± 0.56, p < 0.01 and 4.14 ± 0.94, 3.72 ± 0.89, p < 0.05; respectively. Even when controlling the effect of biological maturity the same results were observed to 250-meters F1,73 = 2.060; p = 0.002 and 1000-meters F1,73 = 0.997; p = 0.036. There was no difference for TQR between genders. CONCLUSION The comparison the RPE-training session of females and males indicated there were difference to 250 and 1000-m training sessions, females have more RPE-training sessions than males. Additionally, there were no differences between genders for recovery parameters, even controlling BM.

Por mais de 30 anos, a Professora Doutora Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss atuou efetivamente no desenvolvimento das ciências do esporte no Brasil. Após esse período dedicado à produção de conhecimento e formação de pessoal, mais um ciclo da sua carreira se completa. Dessa forma, o objetivo deste artigo de revisão foi homenageá-la na ocasião de sua aposentadoria, abordando os principais fatores morfofuncionais determinantes do desempenho na escalada esportiva. Diversos achados indicam que a massa corporal, o percentual de gordura corporal, a força de preensão manual, o metabolismo aeróbio e anaeróbio alático, bem como a economia de movimento, são fundamentais para o sucesso nesse esporte. Para nós é um privilégio ter participado dessa trajetória brilhante da professora Kiss e homenageá-la com esse trabalho de revisão.

During over thirty years, Doctor Maria Augusta Peduti Dal' Molin Kiss has contributed effectively to the sports sciences development in Brazil. After this long period dedicated to the consolidation of knowledge and human resources in this area, another life cycle is fully completed in her career. Thus, the objective of this review is to honor Doctor Kiss in the occasion of her retirement, while showing the main anthropometric and physiological determinants of indoor climbing performance. Several findings indicate that body mass, body fat percentage, handgrip force, aerobic and alactic anaerobic metabolism, and movement economy are crucial to success in this sport. We feel privileged to have been involved in her brilliant carrier and to honor Doctor Kiss with this review.